Oposição no Senado pedirá reunião separada com Alcolumbre
Oposição no Senado decide não participar de reunião com o presidente Davi Alcolumbre e pede encontro separado. Senadores reivindicam diálogo efetivo sobre projetos legislativos urgentes e criticam a falta de comunicação com a presidência da Casa.
Senadores da oposição decidiram não participar da reunião de líderes convocada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), optando por uma conversa separada.
A reunião, agendada para as 16h, contará apenas com os líderes da base governista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), informou que se encontrará com Alcolumbre para solicitar uma reunião exclusivamente com a oposição: "Ficou decidido que quem vai [na Residência Oficial] em nome da oposição sou eu".
Marinho destacou que Alcolumbre apenas contatou líderes de partidos aliados, como Tereza Cristina (PP) e Plínio Valério (PSDB), por telefone, enquanto senadores da oposição, incluindo Flávio Bolsonaro (PL-RJ), expressam frustração por falta de diálogo.
Sobre a votação de um projeto de lei que mantém a isenção do imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos, Marinho afirmou que a votação ocorrerá "assim que o diálogo for desobstruído".
Na Câmara, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), também se recusou a participar da reunião de líderes convocada pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB).
Essas reuniões foram marcadas após ocupações dos plenários por parlamentares bolsonaristas, em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Eles condicionam a desocupação ao avanço sobre a anistia para condenados do 8 de janeiro, ao fim do foro privilegiado e ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Ambos os líderes, Motta e Alcolumbre, criticaram a estratégia da oposição.