Oposição ocupa mesas da Câmara e do Senado em protesto contra prisão de Bolsonaro
Movimentos de obstrução e protesto tomam conta do Congresso, enquanto oposicionistas demandam respostas sobre a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. A estratégia inclui ocupações de mesas diretoras e promete paralisar votações nas duas Casas legislativas.
Protestos intensificados marcam a oposição contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira (5). Aliados do ex-mandatário ocuparão mesas diretoras da Câmara e do Senado para obstruir sessões legislativas.
A mobilização, que deve se estender por tempo indeterminado, é em resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes do STF, que decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares.
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou: “Não sairemos de ambas as mesas até que os presidentes das duas Casas se reúnam...”. Em protesto, ele utilizou uma mordaça para simbolizar a defesa da liberdade de expressão.
Entre as exigências da oposição estão:
- Anistia irrestrita a Bolsonaro
- Conversas com líderes das casas legislativas
A obstrução foi confirmada pelo líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), intensificando a pausa nas votações, especialmente nas comissões de Segurança Pública e Relações Exteriores.
O ministro Moraes justificou a prisão domiciliar alegando que Bolsonaro continuou a incitar apoiadores e a desrespeitar decisões judiciais, prejudicando a soberania nacional.
A defesa de Bolsonaro considera a decisão “surpreendente” e já planeja recorrer. A oposição continua firme em seus protestos e na bloqueio institucional até que suas demandas sejam atendidas.
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