Oposição paralisa Congresso em protesto e pressiona por “pacote da paz”
O protesto da oposição complica o retorno das atividades legislativas e intensifica a polarização política. As demandas incluem a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Protestos interrompem trabalhos legislativos nesta terça-feira (5) após decisões do STF.
Manifestação liderada por deputados e senadores da oposição ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na Câmara dos Deputados, oposicionistas ocuparam o plenário com cartazes e faixas, bloqueando o início das sessões.
“Não vamos desocupar as mesas até que busquem uma solução”, disse o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).
No Senado, a obstrução se intensificou, e o senador Humberto Costa (PT-PE) não conseguiu abrir a sessão por conta da oposição.
A oposição articula uma estratégia de obstrução, que inclui um “pacote da paz” com propostas como:
- Anistia ampla aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro;
- Fim do foro privilegiado;
- Impeachment de Alexandre de Moraes.
Eles exigem que os presidentes Hugo Motta (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado) incluam os temas na pauta de votações.
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou a oposição: “Isso é um atentado ao Parlamento e à democracia”.
A tensão aumentou, e o ambiente ficou acalorado com bate-boca entre parlamentares de esquerda e direita.
Segundo Nikolas Ferreira (PL-MG), uma viagem de Hugo Motta ao exterior poderia permitir que o vice-presidente Altineu Côrtes (PL-RJ) pautasse a anistia.