Opositores de Maduro resgatados de embaixada argentina falam em 'operação espetacular'
O grupo de opositores venezuelanos realizou uma fuga corajosa após mais de um ano de asilo na embaixada argentina. Eles criticam a falta de ação internacional em relação ao regime de Nicolás Maduro enquanto celebram sua liberdade.
Opositor venezuelano Omar González descreveu como "espetacular" a fuga de cinco asilados da embaixada argentina em Caracas rumo aos Estados Unidos, ocorrida em 24 de março de 2024.
Os asilados, Magalli Meda, Pedro Urruchurtu, Claudia Macero e Humberto Villalobos, se refugiaram em março de 2024 durante uma escalada de prisões antes das eleições presidenciais de 28 de julho, onde Nicolás Maduro foi declarado vencedor em um processo considerado fraudulentos.
Um sexto refugiado, Fernando Martínez Mottola, entregou-se em dezembro de 2024 e faleceu em fevereiro de 2025.
Os opositores, próximos da líder María Corina Machado, não obtiveram o salvo-conduto necessário para deixar o país. Marco Rubio, chefe da diplomacia americana, afirmou que a saída ocorreu em uma "operação precisa".
Durante coletiva em Washington, González e os outros asilados não revelaram detalhes da operação, mas afirmaram que o plano foi realizado sem incidentes. Urruchurtu negou qualquer negociação com Caracas. Meda declarou que são uma "amostra de que a liberdade é possível".
Após "412 dias complexos", Urruchurtu mencionou a luta para sobreviver em condições extremas, incluindo falta de luz e água. Apesar de críticos à resposta da comunidade internacional, agradeceram aos governos dos EUA e da Argentina.
O ex-deputado González questionou o Tribunal Penal Internacional, pedindo ação contra Maduro, e criticou empresas como a Chevron, cuja licença expira em breve, afirmando que não deve ser renovada.