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Orçamento aprovado pelo Congresso é rígido, irrealista e falha em conter despesas, afirmam especialistas

Especialistas criticam orçamento federal de 2025 por sua rigidez e insuficiência de investimentos, alertando sobre o aumento das despesas obrigatórias. Previsões de superávit e crescimento do PIB podem ser revisadas diante de um cenário econômico desafiador.

Especialistas criticam orçamento federal de 2025, aprovado pelo Congresso em 20 de outubro.

A principal crítica é a rigidez do orçamento, com aumento das despesas discricionárias e redução de investimentos. Economistas destacam a falha em conter as despesas obrigatórias, que estrangulam o orçamento brasileiro.

Marcus Pestana, da Instituição Fiscal Independente (IFI), descreve a peça orçamentária como “um dos mais rígidos do mundo” e alerta que as despesas discricionárias podem cair para 0,7% do PIB até 2027.

Ele aponta que 80% da receita líquida é comprometida com Previdência, salários e programas sociais. Pestana prevê um déficit em 2025, apesar da meta de resultado primário de R$ 15 bilhões e a expectativa de crescimento do PIB de apenas 1,9%.

De acordo com a XP Investimentos, a necessidade de bloqueio das despesas vai aumentar, passando de R$ 11,5 bilhões para R$ 15 bilhões, devido a previsões excessivas e aumento de gastos.

Rafaela Vitória, do Banco Inter, observa que as subestimações de despesas continuam. Ela sugere um bloqueio de R$ 30 bilhões para melhorar a situação orçamentária, mas considera difícil atingir o superávit de R$ 15 bilhões.

Marcos Mendes, do Insper, critica a subestimação no orçamento, destacando a improbabilidade de cortes efetivos e a pressão sobre o Bolsa Família.

Sergio Vale, da MB Associados, chama o orçamento de “bastante irrealista” e observa a dificuldade em alcançar previsões de receita, particularmente em disputas fiscais.

O consenso entre especialistas é que o orçamento apresenta risco de déficit, com necessidade urgente de medidas para conter despesas e garantir a sustentabilidade fiscal.

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