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Ordem de Trump para combater cartéis revive memórias de intervenções na América Latina

A ressurreição da doutrina Monroe gera preocupações sobre uma possível intervenção militar dos EUA na América Latina. Líderes da região enfrentam um dilema entre combater o narcotráfico e evitar a repetição de intervenções históricas traumáticas.

Retorno da Doutrina Monroe nas políticas dos EUA ameaça resgatar antigos conflitos na América Latina.

Após a declaração de morte da doutrina Monroe pelo governo Obama, a ordem de Donald Trump ao Pentágono para usar força militar contra cartéis de drogas reacendeu preocupações sobre intervenções militares dos EUA na região.

Na Venezuela e no México, países com cartéis considerados terroristas, a ordem de Trump gera incertezas e vulnerabilidades.

O aumento da desconfiança contra intervenções ocorre em vários países, até mesmo no Equador. O empresário Patricio Endara expressa apoio a armamentos internos, mas se opõe à presença de soldados estrangeiros.

Históricos de intervenções dos EUA, como o golpe na Guatemala em 1954 e outras ações na Guerra Fria, solidificaram um sentimento antiamericano na região, com líderes como Iván Cepeda afirmando que essas ações deixam legados de corrupção e agressões.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, rejeitou a ideia de forças militares dos EUA, considerando-a desastrosa para a colaboração bilateral, enquanto o especialista Arturo Santa-Cruz alerta sobre possíveis consequências negativas.

A história de intervenções dos EUA é marcada por eventos como a Guerra Hispano-Americana e o Canal do Panamá, que moldaram identidades políticas e levantaram um forte nacionalismo entre os latino-americanos.

Após a ordem de Trump, alguns venezuelanos, como uma mulher anônima em Maracaibo, esperam que os EUA ajam contra o presidente Nicolás Maduro.

O especialista Christopher Sabatini nota que a ameaça de intervenção toca em um nervo histórico sensível, refletindo pressões internas que historicamente influenciaram políticas dos EUA na região.

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