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Órgãos de defesa do consumidor entram com ação civil pública contra INSS e entidades associativas

Entidades de defesa do consumidor solicitam bloqueio de R$ 6,3 bilhões em descontos irregulares do INSS e devolução em dobro aos afetados. A ação civil pública visa garantir o ressarcimento e condenar por danos morais coletivos, após investigações sobre fraudes nas cobranças.

Ação Civil Pública contra Descontos Indevidos

Nesta terça-feira (6), 17 órgãos de defesa do consumidor, representados pelo FNECDC, processaram a União Federal e o INSS.

A ação visa a apreensão de R$ 6,3 bilhões referentes a descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados entre 2019 e 2024.

Além disso, requer a devolução em dobro do valor e condenação por danos morais coletivos.

Cláudio Pires Ferreira, presidente da FNECDC, destacou que o objetivo é preservar o patrimônio das entidades e ressarcir os consumidores lesados.

Desde 2019, Ferreira relatou diversas reclamações sobre cobranças irregulares sem avanço nas investigações.

A investigação da Polícia Federal e CGU identificou que o esquema de fraudes no INSS começou em 2016 e se intensificou a partir de 2019.

De 1.273 beneficiários entrevistados, 97,6% não autorizaram os descontos e 95,9% não pertencem a nenhuma associação.

Outro ponto destacado foi o Acórdão 1115/2024 do TCU, que menciona a falta de verificação de filiação e autorização prévia para os descontos.

A devolução será feita na conta dos beneficiários, dependendo das discussões na Casa Civil, envolvendo órgãos como STF e MPF.

Atualmente, todos os descontos estão suspensos. Mensalidades descontadas em abril serão devolvidas na folha de pagamento de maio.

O pagamento será liberado entre 26 de maio e 6 de junho, juntamente com o 13º salário, conforme o número final do benefício.

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