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“Oriente Médio vive oportunidades bíblicas”, diz autor israelense

Henrique Cymerman destaca a importância da normalização das relações com a Arábia Saudita e alerta sobre os riscos do aprofundamento dos conflitos na região. Ele critica a cobertura midiática sobre o Hamas e defende uma compreensão mais profunda dos reais objetivos do grupo.

Henrique Cymerman, jornalista e escritor de 66 anos, é uma voz ativa nos debates sobre os conflitos entre Israel e o mundo árabe.

Indicado ao prêmio Nobel da Paz em 2015, Cymerman destaca momentos de “dimensões bíblicas” no Oriente Médio, tanto em oportunidades de paz quanto em riscos de conflitos.

Ele diz: “A grande oportunidade é a normalização das relações com a Arábia Saudita, que muda tudo. O risco é que Hamas, Jihad Islâmica e Hezbollah se reformulem e continuem os ataques.”

Natural de Portugal, Cymerman emigrou para Israel aos 16 anos e tem uma carreira de mais de 40 anos no jornalismo. Ele já escreveu 4 livros e recebeu dezenas de prêmios.

No Brasil, participou de reuniões promovidas pelo IBI (Instituto Brasil-Israel) para discutir a guerra em Gaza. Ele busca combater a imagem do Hamas como grupo de “resistência” e critica a aceitação acrítica de suas informações pela mídia.

Cymerman afirma: “Não foram 50.000 mortos em Gaza como o Hamas diz. A imprensa mundial caiu no que considero o pecado original da ética jornalística.”

Ele observa que o Hamas não apoia a fórmula dos 2 Estados e muitas pessoas, especialmente no Ocidente, não compreendem isso. “Entrevistando fundadores do Hamas, vi que nenhum deles defende essa ideia”, afirmou.

Em Brasília, ele se reuniu com políticos e juízes, incluindo do STF e STJ. Cymerman também é amigo do papa Francisco e celebra sua recuperação.

Ele diz que o papa está “obcecado” em ajudar a resolver os problemas entre Israel e Palestina.

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