Os 3 caminhos que o governo Lula estuda para enfrentar tarifas de Trump
O governo Lula avalia uma abordagem multifacetada em resposta às tarifas comerciais de Donald Trump, incluindo a diversificação de parcerias e a possibilidade de retaliações. A situação é vista como uma oportunidade para desgastar a oposição e reforçar a posição do governo brasileiro no cenário internacional.
Governo Lula estuda retaliações após tarifas de Donald Trump
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está avaliando medidas para responder às tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros, anunciadas em 9 de outubro. O anúncio surpreendeu, devido à sua dimensão e ao contexto político.
Trump atribui as tarifas, em parte, ao processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentar um golpe de Estado. Lula não pode negociar a suspensão dos processos contra Bolsonaro, pois as tarifas têm justificativa política.
Pelo menos três medidas estão sendo consideradas:
- Diversificação de parcerias comerciais: Intensificar acordos com a União Europeia, Canadá, Austrália, Coreia do Sul, entre outros.
- Narrativa e desgaste da oposição: Apostar que o apoio da oposição a Trump pode gerar desgaste político, favorecendo Lula nas eleições de 2026.
- Retaliação: O governo também considera impor tarifas sobre produtos americanos, utilizando a Lei de Reciprocidade Econômica.
A primeira medida busca minimizar o impacto das tarifas nas exportações, enquanto a segunda visa controlar a narrativa nas redes sociais. A retaliação poderia ser anunciada com prazo indefinido até a implementação das tarifas de Trump, prevista para 1º de agosto.
O governo ainda avalia quais setores americanos seriam impactados, evitando prejudicar a economia brasileira.