Os aliados intimidados dos Estados Unidos precisam reagir
Trump altera a dinâmica das alianças globais, causando insegurança entre aliados tradicionais. As ações do governo dos EUA levantam preocupações sobre a manutenção da segurança e a coesão internacional.
Os EUA enfrentam uma mudança drástica em sua política externa sob Donald Trump.
Tradicionalmente, os EUA apoiaram aliados e dissuadiram inimigos, mas agora Trump pressiona aliados e busca acordos com adversários.
No dia 3 de março, após congelar a ajuda à Ucrânia, o governo restaurou o apoio ao aceitar uma trégua de 30 dias proposta. A pressão sobre Vladimir Putin ainda não está clara.
Trump também impôs tarifas ao Canadá, levando seu novo primeiro-ministro a criticar as intenções dos EUA. Além disso, o presidente levantou dúvidas sobre o tratamento de defesa EUA-Japão, assustando aliados que temem um papel diminuído dos EUA.
A administração acredita que suas ações fortalecerão o poder americano, mas isso gerou uma crise de confiança entre os aproximadamente 40 países que dependem dos EUA desde 1945.
Essa insegurança é exacerbada pelo nacionalismo econômico e pela hostilidade em relação à segurança global, levando a preocupações sobre sanções e acordos comerciais.
Alianças asiáticas estão igualmente preocupadas com a possibilidade de Trump abandonar tratados, enquanto a incerteza sobre a segurança global cresce.
Os aliados devem ampliar sua independência econômica e militar, aumentando a cooperação e estabelecendo sua infraestrutura.
A Europa pode emitir mais dívida conjunta para defesa e continuar suas sanções à Rússia, enquanto na Ásia, países como Coreia do Sul e Japão consideram aumentar suas capacidades nucleares.
A criação de um bloco mais forte é essencial, com a Europa buscando liderar a OTAN, cooperar com o CPTPP, e estreitar laços com o Japão e a Coreia do Sul.
Os aliados precisam se preparar para a possibilidade de mudanças políticas nos EUA até 2029, reconhecendo que o cenário global pode ser irrecuperavelmente alterado.
É hora de reagir e trabalhar em prol de um futuro mais seguro.