Os efeitos de Trump no câmbio
Proposta do presidente do Banco Central da China pode desafiar o domínio do dólar no sistema financeiro global. As implicações de um câmbio mais diversificado trazem tanto riscos quanto potenciais benefícios para economias internacionais.
Alan Greenspan afirma que o câmbio serve para manter a humildade dos economistas, pois prever sua oscilação é arriscado.
A melhor abordagem é permitir que o câmbio oscile livremente, conforme as leis de mercado, especialmente em economias saudáveis.
Recentemente, o presidente do Banco Central da China, Pan Gongsheng, propôs um sistema financeiro internacional baseado em várias moedas de países ricos, em vez de apenas no dólar.
O dólar tem sido a moeda de referência nas trocas comerciais. Gongsheng alertou para a desvalorização do dólar, que pode afetar todo o sistema financeiro.
A queda do dólar é parte de um processo de enfraquecimento iniciado no início do ano. Muitos países desejam uma moeda mais fraca para tornar seus produtos mais competitivos e reduzir déficits comerciais.
Os Bancos Centrais têm o poder de interferir diretamente no câmbio para obter benefícios nas exportações. A China mantém controle sobre sua moeda, o que é atípico e representa uma ditadura.
O Brasil enfrentou problemas ao tentar controlar o câmbio, mas desde a flutuação cambial em 1999, a situação se normalizou. Em 2003, ao assumir o BC, a liberdade cambial foi implantada, trazendo grandes benefícios, apesar da resistência.
A Argentina é um exemplo de consequências negativas ao manter controle cambial constante, resultando em uma crise econômica prolongada.
As tarifas comerciais dos Estados Unidos ocasionam desvalorização cambial sem serem intervenções diretas. Os EUA continuam com uma economia liberal.
A proposta chinesa, se implementada, questionaria o dólar como moeda de referência e poderia trazer tanto efeitos importantes quanto desvantagens a serem discutidas em futuras colunas.