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‘Os EUA são poderosíssimos, mas não têm gás para brigar com todo mundo’, diz Mendonça de Barros

Economista alerta para potenciais impactos negativos da política comercial de Trump, incluindo inflação elevada e instabilidade no mercado financeiro. As retaliações de outros países podem agravar a situação, com consequências a longo prazo para a economia americana.

José Roberto Mendonça de Barros, economista e sócio da consultoria MB Associados, expressa sua visão pessimista sobre os primeiros movimentos de Donald Trump em seu novo mandato. Ele prevê consequências como inflação alta, juros maiores e baixa do mercado de ações.

Trump instituiu uma surtax de 25% sobre a importação de aço e alumínio, desencadeando uma guerra comercial. Mendonça de Barros comenta que essa mistura de tarifas pode levar o banco central americano a aumentar os juros, gerando estagflação.

Segundo ele, muitos economistas nunca estiveram otimistas com o governo Trump, que utiliza tarifas como estratégias de negociação. No entanto, isso pode prejudicar o investimento e a economia de longo prazo.

Além disso, Mendonça destaca que as retaliações de outros países, como o Canadá, estão direcionadas para afetar diretamente apoiadores de Trump, o que pode gerar revolta e descontentamento entre empresários.

Outro equívoco de Trump, segundo Mendonça, é a crença de que pode trazer fábricas de volta para os EUA, em vez de apenas cadeias produtivas, o que traz grandes impactos e eleva os preços. A atual situação pode levar a uma queda do mercado financeiro e à perda de perspectivas para os investidores.

Mendonça também ressalta a possibilidade de que China e Europa se beneficiem dessa confusão, enquanto os EUA, apesar de fortes, podem ter dificuldades em manter a ordem financeira e geopolitica. Ele finaliza afirmando que Trump tem causado um desgaste significativo no soft power dos EUA.

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