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Os primeiros dias de Trump mostram que ele segue o modelo de Orbán

Viktor Orbán influencia a política midiática de Donald Trump em um padrão que busca controlar e moldar a narrativa da imprensa. As táticas do primeiro-ministro húngaro, que priorizam a lealdade midiática, parecem estar se espalhando no cenário político dos EUA.

Primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, se dirigiu a ativistas conservadores dos EUA no CPAC em Budapeste, sugerindo que a mídia ocidental é a "raiz do problema" e aconselhando a criação de mídia própria para conservadores. Orbán, que controla a imprensa húngara desde 2010, teve seus conselhos bem recebidos por admiradores americanos.

Após três anos, Donald Trump parece seguir as táticas de Orbán. Em seus primeiros 100 dias, ele limitou a cobertura da mídia, proibindo a Associated Press de acessar o Salão Oval e retirando o poder da Associação de Correspondentes da Casa Branca.

Em março de 2025, Trump assinou um decreto para desmantelar agências de notícias públicas, descrevendo reportagens negativas como "totalmente ilegais". Além disso, ele pediu punições para a CBS por uma reportagem que desaprovou.

Trump e Orbán demonstram um padrão de reestruturação da mídia alinhado. Ambas as estratégias visam criar uma narrativa favorável ao governo, silenciando a oposição. Orbán consolidou o controle sobre a mídia na Hungria com leis que permitiram punições por cobertura desfavorável e aquisições coordenadas de veículos de comunicação.

Enquanto líderes de direita, como Steve Bannon e Tucker Carlson, buscam orientação de Orbán, Trump também se associa a magnatas como Elon Musk para moldar a mídia a seu favor. A criação de um ecossistema de mídia pró-Trump se intensifica, com novos canais promovendo sua agenda unicamente.

Contudo, essa estratégia não é apenas uma questão de controle, mas sim uma tentativa de transformar a imprensa à imagem de Trump, seguindo a fórmula de Orbán.

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