Os R$ 25 bi injetados por gringos na bolsa podem ser só o começo. Mas caminho é tortuoso
Investidores internacionais impulsionam o mercado de ações brasileiro, com alocações que podem representar apenas uma fração do capital esperado. Apesar do fluxo positivo, o Ibovespa enfrenta desafios com a Selic alta, limitando seu desempenho no curto prazo.
Investidores estrangeiros alocaram quase R$ 25 bilhões no mercado secundário de ações brasileiras até 16 de junho.
Esse valor pode ser apenas 10% do que a renda variável local pode atrair com a rotação de capital global, segundo análise do Morgan Stanley.
Apesar disso, o Ibovespa caiu 0,09%, fechando aos 138.717 pontos. Nesta semana, a alta acumulada é de 1,1% e, em junho, está em 1,23%. Desde janeiro, a valorização acumulada é de 15,3%.
A bolsa enfrenta desafios para manter sua atratividade, especialmente devido à Selic elevada, acima de 10% por mais de três anos. A carteira do Ibovespa registrou um giro de R$ 16,2 bilhões, próximo à média diária dos últimos 12 meses.
Os investidores estão atentos ao risco de a Selic atingir 15% ao ano nesta quarta-feira (18).
A decisão do Federal Reserve dos EUA foi em linha com as expectativas, mas comentários de Jerome Powell, seu presidente, causaram cautela no mercado.
O dólar comercial teve leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,50. No início da semana, desvalorizou 0,76% e, em junho, cedeu 3,81%. Desde o início do ano, a moeda ficou 11% mais barata para os brasileiros.
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