Otan acata pressão de Trump e promete aumentar gastos em defesa na Europa
Líderes da Otan estabelecem nova meta de gastos em defesa em resposta às pressões de Trump, que exigiu maior contribuição dos países membros. A cúpula destacou a ameaça russa e a importância do fortalecimento da aliança militar.
HAIA - Na cúpula da Otan em Haia, realizada em 25 de outubro, os líderes concordaram em elevar a meta de gastos em defesa para 5% do PIB de cada país. Esta decisão foi influenciada pela pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, que pediu mais investimentos dos países europeus e do Canadá.
A meta foi justificada como resposta à ameaça a longo prazo da Rússia e ao terrorismo. Apesar do apoio à Ucrânia, o comunicado não abordou a adesão de Kiev à aliança.
Trump expressou satisfação com os resultados da cúpula, que visavam a aprovação da nova meta de gastos, simplificando o evento. A análise sugere que, com seu retorno ao poder, a necessidade de cúpulas anuais poderia ser questionada, uma vez que durante a Guerra Fria não eram realizadas anualmente.
A Espanha não concordou com a nova meta, alegando que atingir 5% significaria cortes em gastos sociais. Trump prometeu consequências para Madrid, sugerindo uma negociação comercial mais severa. Outros países, como Bélgica e Luxemburgo, também mostraram relutância em se comprometer inteiramente com a nova meta.
O tratamento da Ucrânia na cúpula foi moderado, sem mencionar planos de adesão, refletindo a intenção de Trump de evitar conflitos com Putin. Trump se reuniu com Zelenski e considerou enviar mais sistemas de defesa, mas não deixou claro se seriam doações ou vendas.
A cúpula destacou a crescente percepção da ameaça russa, levando países como Finlândia e Suécia a se juntarem à Otan. A Alemanha planeja aumentar seus gastos para 3,5% até 2029, enquanto Trump reafirmou seu compromisso com o Artigo 5 da Otan, essencial para a defesa mútua.