Otan aprova meta de aumento de gastos com defesa para 5% do PIB até 2035
Líderes da Otan se comprometem a aumentar gastos com defesa para 5% do PIB até 2035. Apesar da pressão dos EUA, alguns países manifestam dificuldades em atingir a meta.
Líderes da Otan concordaram em aumentar os gastos com defesa, após pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, durante cúpula realizada nesta quarta-feira.
Os 32 líderes endossaram uma declaração para investir 5% do PIB anual em defesa até 2035, com revisão em 2029 para monitorar o progresso quanto à ameaça russa.
A Espanha anunciou que não pode atingir a meta e outros países expressaram reservas, mas todos reafirmaram o compromisso com a segurança coletiva: "um ataque a um é um ataque a todos".
Trump havia levantado questionamentos sobre a defesa dos aliados dos EUA. A cúpula foi considerada "transformadora", segundo Mark Rutte, Secretário-Geral da Otan, embora ainda existam divisões.
O aumento dos gastos permitiria investimentos militares significativos pelos aliados europeus e Canadá, em um contexto de redirecionamento das prioridades de segurança dos EUA.
Desde a queda do Muro de Berlim em 1989, os países da Otan haviam cortado orçamentos militares. O presidente da Finlândia, Alexander Stubb, descreveu o momento como o "nascimento de uma nova Otan".
Após a invasão da Ucrânia em 2022, a Otan estabeleceu um gasto mínimo de 2% do PIB, com expectativa de que 22 países atinjão essa meta em 2024.
O acordo incluiu uma nova meta de 1,5% do PIB para gastos relacionados à defesa, abrangendo melhorias em infraestrutura e preparo para conflitos.
"Esta declaração é histórica, com 32 aliados apoiando essa ambição", disse Jonas Gahr Støre, primeiro-ministro da Noruega.