Otan chega a um acordo sobre aumento de gastos militares às vésperas da cúpula em Haia
A Otan define metas de aumento dos gastos militares, com pressão dos EUA por um salto de 2% para 5% do PIB. A Espanha se destaca ao afirmar que não seguirá essa diretriz, reafirmando sua autonomia em questões de defesa.
A Otan confirmou um acordo no dia 22, estipulando um aumento de gastos militares de até 5% do PIB de cada país membro.
O governador da Espanha, Pedro Sánchez, assegurou que seu país não seguirá essa meta, apesar da pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que busca compromisso de gastos maiores em defesa.
A cúpula da Otan, que ocorrerá em Haia, visa oficializar um aumento de 3,5% do PIB em gastos militares na próxima década e 1,5% em temas de defesa.
Trump exige que os países da aliança aumentem seu gasto de 2% do PIB para 5%, um desafio significativo para muitos membros.
Sánchez chamou a proposta de "irracional" e "contraproducente", afirmando que não está disposto a fazer esse sacrifício.
Na quinta-feira, ele enviou uma carta ao secretário-geral da Otan, Mark Rutte, questionando o aumento. A situação gerou tensões nas negociações.
Ao confirmar o acordo, Sánchez destacou que a Espanha não será forçada a aumentar seus gastos com defesa, enfatizando que isso afetaria severamente a classe média e o estado de bem-estar social.
A cúpula acontece em um momento delicado, com a escalada de conflitos no Oriente Médio após ataques dos EUA ao Irã.