Otan começa a discutir ampliação de gastos militares de seus países-membros na cúpula em Haia
Cúpula da Otan abordará disparidades nos gastos militares entre os países, com foco em uma meta de investimento de 5% até 2035. A pressão dos EUA para aumentar a defesa na Europa se intensifica diante das ameaças russas.
Gastos militares dominam cúpula da Otan em Haia.
Debates focam na meta de 5% de investimento militar por parte de cada Estado até 2035, com grande disparidade relacionada à proximidade com a Rússia.
A meta foi apresentada por Donald Trump antes de sua volta à Casa Branca, visando garantir a segurança na Europa após a invasão russa na Ucrânia.
Uma pesquisa do think tank ECFR revela um “amplo consenso” sobre o aumento dos gastos com Defesa na Europa.
Em 2024, membros europeus e o Canadá aumentarão seus gastos militares em 19%, enquanto os EUA continuam sendo o maior contribuinte, respondendo por 62% dos gastos da Otan.
A meta de 5% é um aumento significativo em relação ao objetivo de 2% estabelecido há dez anos. 22 dos 32 países da aliança já alcançaram este objetivo.
Atualmente, apenas a Polônia se aproxima da meta, com 4,7% projetados para 2024. As repúblicas bálticas e a Grécia também se destacam com investimentos acima de 3%.
França, Alemanha e Reino Unido superaram o limite de 2% no ano passado, com compromissos futuros que incluem 5% até 2035.
Uma média de 50% da população dos países pesquisados apoia o aumento dos gastos com Defesa, mesmo com possíveis reduções de apoio dos EUA à Ucrânia.
A Europa busca demonstrar sua seriedade em relação a gastos com Defesa e manter Washington comprometido com a segurança europeia.