Otan define mínimo de 5% do PIB para gastos militares dos países-membros
A cúpula da Otan em Haia resultou em uma decisão histórica que aumenta significativamente os investimentos em defesa dos países-membros. A medida visa fortalecer a aliança militar em resposta às crescentes ameaças da Rússia e garantir uma postura defensiva mais robusta na Europa.
A Otan definiu que países-membros devem destinar 5% do PIB para gastos com defesa, anunciado na cúpula em Haia, Holanda (24.jun.2025).
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que “a Europa finalmente acordou militarmente” em resposta às ameaças da Rússia.
O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, comunicou a nova decisão, que representa um aumento em relação ao atual investimento de 2% a 3,5% do PIB dos aliados.
A mudança é resposta ao conflito Rússia-Ucrânia, que completou 3 anos, e à pressão dos EUA, especialmente após a reeleição de Donald Trump.
A cúpula contou com representantes de 32 países-membros, discutindo defesa coletiva, apoio à Ucrânia e conflitos no Oriente Médio. Os países da Otan destinarão mais de 35 bilhões de euros (aproximadamente R$ 221 bilhões) em ajuda militar à Ucrânia em 2025.
A Alemanha planeja aumentar seu orçamento de defesa para 3,5% do PIB até 2029, atualmente alocando 2,4%. O premiê da Eslováquia, Robert Fico, defendeu o direito de seu país de decidir o ritmo do aumento.
Rutte afirmou que o aumento não terá exceções e que a Espanha concordou com a meta, buscando flexibilidade.
Ursula von der Leyen destacou que a Rússia pode testar os compromissos de defesa nos próximos cinco anos e que a Europa precisa de uma nova mentalidade para dissuadir ameaças.
Rutte enfatizou a importância de “ganhar a guerra de produção militar” e que a aliança deve investir em defesa aérea devido aos ataques russos à Ucrânia.
A Rússia criticou a decisão, com o porta-voz Dmitry Peskov chamando a Otan de “militarização desenfreada”.