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Otan se reúne para tratar de garantias de segurança na Ucrânia; Rússia critica conversa sem Kremlin

Comandantes da Otan discutem garantias de segurança para a Ucrânia em videoconferência, enquanto Trump oferece apoio aéreo. Reunião ocorre em um momento decisivo de negociações para encerrar a guerra com a Rússia.

Comandantes do Estado-Maior da Otan se reúnem hoje, 20, para discutir garantias de segurança para a Ucrânia, parte dos esforços para encerrar a guerra iniciada pela Rússia há mais de três anos.

A reunião por videoconferência ocorre após a cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca, que reavivou as conversações para a paz.

Na terça-feira, Trump anunciou que está disposto a oferecer apoio aéreo à Ucrânia em caso de um acordo, mas excluiu o envio de tropas terrestres, função que recairia sobre aliados europeus. “Eles estão dispostos a enviar soldados”, afirmou.

A Rússia, no entanto, considera a discussão de garantias de segurança sem sua participação “utópica”. O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, enfatizou que qualquer acordo deve proteger os falantes de russo na Ucrânia.

Trump recebeu o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, e líderes europeus na Casa Branca. Eles celebraram os progressos nas garantias de segurança, e Putin aceitou participar de uma cúpula com Zelenski em breve.

Zelenski rejeitou uma proposta de reunião em Moscou, sugerida por Putin, e o presidente francês, Emmanuel Macron, indicou Genebra como alternativa.

Os aliados de Kiev, reunidos na "coalizão de voluntários", discutiram a situação na terça-feira e, de acordo com um porta-voz, as equipes de planejamento devem se reunir nos próximos dias para preparar uma força de segurança.

Kiev teme novas tentativas de invasão por parte da Rússia, mesmo que um acordo de paz seja alcançado. Macron mencionou Putin como um “predador”, representando uma ameaça para a Europa.

A questão das concessões territoriais exigidas pela Rússia permanece incerta, enquanto suas tropas ocupam quase 20% da Ucrânia. Embora a posição de Kiev seja de não ceder território, Trump convidou Zelenski a ser mais flexível, especialmente em relação ao Donbas.

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