Ouro dispara após carta da alfândega americana esclarecer que barra de 1kg não é isenta
Cotações de ouro atingem novos recordes após decisão da alfândega dos EUA sobre tarifas de importação. A medida gera incertezas no mercado e provoca surpresas entre analistas e operadores.
Cotações de ouro superam recordes nesta sexta-feira após consulta de empresa suíça à alfândega dos EUA.
A nova interpretação das tarifas de importação do presidente Donald Trump coloca em dúvida se o ouro vendido em lingotes específicos será isento. Apesar de uma isenção inicial para barras de ouro de 1 quilo e 100 onças, a alfândega classificou-as de forma diferente.
A decisão afirma que essas barras possuem um código aduaneiro que não está isento de tarifas, causando surpresa nos mercados e uma disparada nos contratos futuros de ouro, atingindo US$ 3.534 por onça troy em Nova York.
Embarques interrompidos de ouro da Suíça e outros centros como Hong Kong e Londres foram relatados. A tarifa, que pode chegar a 39%, pode afetar o preço do ouro nos EUA, criando desequilíbrios nas cotações globais.
Importações de ouro pelos EUA aumentaram para 43 toneladas em janeiro, antes da aplicação de possíveis tarifas, enquanto a produção média de refinarias americanas era de 22 toneladas.
Incertezas sobre tarifas para outras categorias de ouro ainda prevalecem, e analistas especulam sobre a possibilidade de contestação legal da decisão. A turbulência no mercado de ouro é uma continuidade das complexas políticas comerciais da administração Trump.
As barras de ouro são cruciais para o comércio internacional, e a nova classificação pode ter implicações duradouras para o funcionamento dos contratos futuros nos EUA.