Ouro fecha em forte queda com alívio nas tensões EUA-China
O ouro registra uma queda acentuada após atingir máximas históricas, refletindo uma mudança no apetite dos investidores. Análises apontam que a demanda por ativos de proteção pode voltar a crescer em meio a possíveis acordos comerciais entre EUA e China.
Preços do ouro caem nesta quarta-feira, 23, após atingir um recorde histórico na véspera. A queda é atribuída à menor demanda por ativos de proteção.
Segundo o Saxo Bank, comentários da administração americana deixaram traders mais confortáveis em buscar retornos fora dos portos seguros.
Na Comex, o contrato do ouro para junho caiu 3,66%, fechando a US$ 3.294,1 por onça-troy. O metal chegou a atingir a máxima de US$ 3.396,0 ao longo do dia.
Na terça-feira, o ouro havia registrado um recorde intradiário de US$ 3.509,90, mas fechou em queda.
Fawad Razaqzada, da StoneX, destacou que a reversão da “aposta contra os EUA” levou a uma alta nos ativos de risco e correção no ouro, que tocou US$ 3.270,80 na mínima intradiária. Apesar disso, o metal acumula uma alta de 8% em um mês.
O rali ganhou impulso após o presidente Donald Trump negar a demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e sinalizar a redução de tarifas sobre importações chinesas. Trump reafirmou o desejo de um “acordo justo de comércio com a China”.
David Morrison, da Trade Nation, sugere que o ouro pode cair até US$ 3.300 antes de uma recuperação, mas alerta para a sobrecompra do metal, que pode resultar em uma correção acentuada. Por outro lado, o CBA prevê uma demanda crescente de bancos centrais, podendo levar o ouro a ser negociado a US$ 3.750,00 até o final do ano.
A Bolsa de Ouro de Xangai aumentou margens e limites de preços para contratos diferidos de ouro e prata.
*Com informações da Dow Jones Newswires