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Ouro ou bitcoin: tarifas, taxas de juros e ETFs ampliam debate sobre portos seguros

A competição entre ouro e bitcoin se intensifica em 2025, com a criptomoeda estabelecendo-se na faixa dos US$ 100.000. Analistas destacam que ambos os ativos podem coexistir no portfólio, cada um com suas vantagens e desvantagens.

A disputa entre ouro e bitcoin como reserva de valor se intensifica em 2025, com o bitcoin superando US$ 100.000, consolidando um nível de suporte.

James Seyffart, da Bloomberg Intelligence, destaca que defensores do ouro valorizam sua história e estabilidade, enquanto o bitcoin ganha espaço nas finanças institucionais e um ambiente regulatório favorável. Ambos os ativos podem se complementar em portfólios.

Seyffart observa que o bitcoin é transportável e divisível, enquanto o ouro é mais estável. Ambos têm baixa correlação com ativos tradicionais, mas o bitcoin apresenta um comportamento especulativo crescente.

Instituições estão trocando parte de seu ouro por bitcoin como forma de proteção e diversificação, impulsionado por fatores estruturais, políticos e tecnológicos. Emanoelle Santos, da XTB Latam, menciona o fluxo crescente para ETFs de bitcoin, como o iShares Bitcoin Trust da BlackRock.

A mudança regulatória em Washington, com iniciativas como a Lei Genius, diminui o risco para investidores institucionais. O bitcoin é visto como um ativo legítimo que oferece vantagens operacionais, ao contrário do ouro, que é mais caro de manter.

Seyffart aponta que o bitcoin possui oferta fixa e inflação controlada, enquanto o ouro aumenta cerca de 1-2% anualmente com possibilidades remotas de descobertas massivas e mineração espacial.

Gregorio Gandini, analista financeiro, adverte sobre os riscos do bitcoin, como riscos regulatórios e volatilidade, que limitam seu uso como reserva de valor. Felipe Barragan, da Pepperstone, menciona que o ouro ganhou força recentemente devido a fatores econômicos e geopolíticos.

O contraste entre ouro e bitcoin como ativos porto-seguro está em evolução, com ambos beneficiando-se de fatores estruturais. A decisão para investidores não é de substituição, mas de equilibrar a segurança do ouro com o potencial e os riscos do bitcoin em seus portfólios.

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