Pacote contra tarifaço é bom, mas insuficiente, dizem setores; cobrança é por mais negociação com EUA
Setores econômicos brasileiras celebram as medidas de apoio do governo Lula, mas exigem ações mais amplas para proteger toda a cadeia produtiva. As entidades destacam a necessidade de um enfoque especial nos pequenos produtores que podem ficar desamparados.
Setores da economia brasileira elogiam o plano de apoio do governo Lula, mas solicitam novas medidas frente ao tarifaço dos EUA. A sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump continua sendo uma preocupação.
O pacote anunciado inclui:
- Linha de crédito de até R$ 30 bilhões para as empresas afetadas;
- Adiamento de impostos federais;
- Maior ressarcimento de créditos tributários;
- Reformulação das garantias à exportação.
A Abrafrutas considera o plano um avanço, mas destaca que ele não atende completamente a cadeia produtiva, o que pode deixar pequenos produtores desamparados. A associação continuará atuando para intensificar esforços diplomáticos contra a taxação.
A Firjan afirma que o plano é um primeiro passo e cobra agilidade na implementação. Segundo a federação, 2% das exportações fluminenses estão sob as tarifas, com receio de efeitos nas pequenas e médias indústrias.
A Fiesp se compromete a colaborar com propostas de resiliência e à FecomercioSP defende o diálogo maduro com os EUA para prevenir conflitos.
O setor calçadista, representado pela Abicalçados, espera medidas que assegurem empregos e esperam a ampliação do Reintegra e do drawback.
A CNI considerou as medidas positivas e pediu prioridade nas negociações. Outros setores, como café e pescados, estão avaliando o alcance do pacote de socorro.