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Pacote contra tarifaço é suficiente, mas governo pode avaliar novos aportes fora da meta, diz secretário; assista

Ceron afirma que pacote de ajuda é adequado para o momento atual, mas admite possibilidade de novos aportes em função das necessidades futuras. Ele destaca a importância de limitar medidas para evitar renúncias fiscais excessivas, garantindo apoio a empresas afetadas.

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, destacou que o pacote do governo Lula para apoiar empresas afetadas pelo tarifaço dos EUA é suficiente por ora, mas há possibilidade de novos aportes em fundos garantidores fora da meta fiscal.

O projeto de lei complementar apresentado não estabelece um teto claro para os valores fora das regras fiscais. Apesar de prever um limite de R$ 5 bilhões para benefícios tributários do Reintegra, o repasse aos fundos é estimado em R$ 4,5 bilhões.

Ceron acredita que as medidas não sofrerão alterações significativas no Congresso e que o governo está trabalhando na regulamentação das medidas de socorro, incluindo taxas de juros para linhas de crédito que totalizarão R$ 30 bilhões.

O governo pedirá que os R$ 10 bilhões do plano de contingência fique fora da meta fiscal, reavaliando a necessidade de novas arrecadações. O impacto esperado das medidas é inferior a R$ 10 bilhões, com a parte do Reintegra possivelmente sendo considerada para 2026.

Ceron reafirmou que não existem intenções de novos aportes complementares no momento, mas a situação poderá ser revista conforme a necessidade. O secretário também mencionou que o governo brasileiro tem margem para reagir caso o cenário mude.

Sobre a taxa de juros das linhas de crédito, as mais afetadas terão condições mais vantajosas para evitar a insolvência. O governo se preocupa com a manutenção de empregos e está discutindo possíveis adequações na área trabalhista.

No que diz respeito ao Orçamento de 2026, a expectativa é que não sejam necessárias novas medidas de corte de despesas, embora ajustes possam ser feitos durante a execução orçamentária.

Ceron, 44, é auditor fiscal e possui sólida formação acadêmica, incluindo graduação e mestrado em economia pela Unicamp e doutorado pela FGV.

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