Pacote de medidas estaduais para empresas exportadoras da Região Sul totaliza R$ 935 milhões
Medidas visam mitigar os impactos do aumento de tarifas dos EUA, protegendo cerca de 73 mil empregos em Santa Catarina. Pacote inclui liberações de crédito e incentivos fiscais para garantir a competitividade das indústrias afetadas.
Governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, anunciou um pacote de R$ 435 milhões em ações emergenciais para apoiar empresas exportadoras afetadas pelo tarifaço de 50% dos EUA.
Os estados do Paraná e Rio Grande do Sul somam, juntos, R$ 935 milhões em incentivos e linhas de crédito.
As medidas visam preservar empregos e assegurar a competitividade das indústrias. Apenas em SC, cerca de 73 mil postos de trabalho devem ser protegidos.
O pacote catarinense é dividido em três frentes:
- Liberação de crédito acumulado de exportação por três meses;
- Postergação do ICMS por 60 dias durante três meses;
- Financiamento emergencial de R$ 265 milhões pelo BRDE.
O governador destacou a importância de proteger quem gera emprego e a colaboração da Fiesc nas propostas. O presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, comentou que as medidas são fundamentais para o setor produtivo.
As ações vão focar em empresas com risco “gerenciável” a “crítico” afetadas pela nova tarifa. A partir de setembro, o BRDE oferecerá financiamento emergencial para cobrir custos fixos das empresas. Negócios com faturamento de até R$ 300 milhões/ano poderão se beneficiar.
No Paraná, medidas de apoio totalizam R$ 400 milhões, com linha de crédito de R$ 200 milhões do BRDE. O estado também fornece microcréditos para pequenos empresários.
O Rio Grande do Sul foi o primeiro a liberar financiamento de R$ 100 milhões para exportadores. O governador Eduardo Leite afirmou que o estado está atuando rapidamente para apoiar as indústrias gaúchas.
Estudos indicam que a medida protecionista dos EUA pode resultar em perdas significativas no PIB de SC e RS.