Padilha diz ser ‘ato covarde’ cancelamento de vistos da filha e esposa
Ministro da Saúde critica sanções dos EUA a sua família e responsabiliza clã Bolsonaro. Padilha defende a criação do programa Mais Médicos e rejeita acusações de trabalho forçado.
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou como “ato covarde” o cancelamento dos vistos de sua esposa e filha pelos Estados Unidos. O visto do ministro está vencido desde 2024, portanto, não poderia ser cancelado.
Padilha soube da sanção através de mensagem da esposa durante sua agenda em Pernambuco. Ele criticou o governo de Trump pela sanção aplicada à sua filha de 10 anos e também Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está nos EUA, articulando sanções ao Brasil.
“Qual o risco de uma criança de 10 anos para o governo americano?”, questionou Padilha em entrevista. Ele expressou sua indignação e afirmou que Eduardo Bolsonaro e aliados estão formando “um escritório do lobby da traição” nos EUA.
Recentemente, o Departamento de Estado dos EUA revogou os vistos de funcionários do governo brasileiro envolvidos no programa Mais Médicos, incluindo Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, alegou que esses servidores teriam participado de um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”.
Padilha, que foi ministro da Saúde durante a criação do programa, afirmou que sua filha não tinha nascido quando o programa foi criado. Ele destacou que atualmente não há parceria do Brasil com médicos cubanos, enquanto outros países, como a Itália, mantêm essas colaborações sem sanções.
“Qual é a explicação para as sanções apenas ao Brasil?”, questionou o ministro, enfatizando a injustiça da situação.
Com informações Agência Brasil
Publicado por Nátaly Tenório