‘Pagava R$ 160 milhões em juros ao ano; agora pago R$ 1,6 bilhão’, diz presidente da Azul
Azul retoma conversas para fusão com Gol após recuperação judicial e busca reestruturação financeira. Presidente da companhia, John Rodgerson, destaca a importância de economias de escala e um crescimento saudável no setor aéreo.
Azul retoma negociações com Abra para fusão com Gol após recuperação judicial
A Azul deve reiniciar conversas com a Abra (holding das companhias aéreas Gol e Avianca) para avançar em um processo de fusão com a Gol. O presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou que a fusão é uma possibilidade para 2026.
Com dívidas de R$ 34,6 bilhões, a Azul entrou em recuperação judicial nos EUA, no dia 28 de setembro. Enquanto isso, a Abra continua interessada na fusão. Em janeiro, ambas as empresas assinaram um memorandum de entendimentos não vinculante visando uma combinação de negócios.
Rodgerson destacou que a fusão só avançará após a reestruturação da Azul, prevista para durar entre seis e nove meses. Ele também atribuiu parte da crise da empresa às políticas de Donald Trump, que geraram insegurança no mercado durante uma oferta de ações.
A Azul já fez acordos com vários credores, incluindo Air Cap, United Airlines e American Airlines, para facilitar sua saída do chapter 11. O foco da empresa agora é a reestruturação e a recuperação, visando um crescimento mais saudável de 3% a 4% ao ano.
Rodgerson ainda comentou que os desafios enfrentados pela Azul não são resultado do crescimento, mas sim de fatores externos como a pandemia e a crise na cadeia de suprimentos. A expectativa é que a empresa se torne mais forte após o processo de recuperação e que continue crescendo, embora em ritmo moderado.
O NPS da Azul já subiu 30 pontos desde dezembro, resultado de esforços para melhorar a experiência do cliente e a operação da empresa.