Pague Menos: o que está por trás da queda nas ações após os resultados do 4T24
As ações da Pague Menos enfrentam forte queda após resultados financeiros decepcionantes. Analistas alertam sobre o aumento das despesas e a pressão sobre a rentabilidade, enquanto recomendam cautela em relação ao futuro da companhia.
Ações da Pague Menos (PGMN3) caem 8,71% na B3, com preço de R$ 2,71 após resultados do 4T24 divulgados em 10 de outubro.
Lucro líquido foi de R$ 66,5 milhões, queda de 47,3% em relação ao 4T23. Receita líquida aumentou 17%, atingindo R$ 3,3 bilhões, mas aumento nas despesas operacionais prejudicou o desempenho.
Itaú BBA elogiou o crescimento nas vendas e margem bruta, mas apontou que despesas gerais e administrativas, além de provisões para bônus, impactaram o lucro líquido.
A XP Investimentos destacou o bom crescimento da receita, especialmente pela reestruturação da Extrafarma, mantendo recomendação de compra com preço-alvo de R$ 4.
O Bradesco BBI foi cauteloso, ajustando seu preço-alvo para R$ 3,60, apesar de considerar os resultados positivos, devido ao alto endividamento.
O Itaú BBA observou que a empresa ganhou participação de mercado, especialmente no Nordeste, com crescimento de 29,5% nas lojas convertidas da Extrafarma.
Perspectivas preocupam: reajuste de preços de medicamentos deve ser menor que a inflação, e recentes mudanças regulatórias podem impactar as margens, segundo Itaú BBA.
O Santander destacou o impacto de despesas financeiras elevadas, mantendo recomendação neutra e preço-alvo de R$ 4.
A Genial Investimentos ressaltou a baixa posição de caixa (R$ 150 milhões) em contraste com dívida de curto prazo de R$ 370 milhões, prevendo desafios na rolagem de dívida.
O JP Morgan mantém visão neutra, recomendando underweight, com preço-alvo de R$ 3,10, devido ao impacto das despesas financeiras e alta alavancagem.
Apesar do crescimento saudável nas vendas, o aumento das despesas continua a impactar negativamente o fluxo de caixa da Pague Menos.