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País corre risco de perpetuar desindustrialização se estimular produção de veículos com kits importados, diz Anfavea

Anfavea critica a montagem de veículos em sistemas SKD e CKD no Brasil, destacando que essa prática compromete a industrialização e a geração de empregos. O presidente da entidade alerta para os riscos de desindustrialização com possíveis reduções de impostos para veículos importados.

Produção de veículos SKD e CKD é vista como um risco de desindustrialização pelo presidente da Anfavea, Igor Calvet. Ele afirma que essa prática reduz a sofisticação tecnológica e a geração de empregos.

Calvet alerta que, se o governo reduzir as alíquotas de veículos importados como kits, as montadoras poderão rever investimentos de R$ 130 bilhões previstos até 2030. Ele defende que a montagem de veículos SKD e CKD perpetua a baixa qualificação da oferta de empregos.

A BYD, montadora chinesa, anunciou planos para montar veículos em Camaçari, BA, usando primeiro o sistema SKD. A empresa pediu ao governo a redução de impostos sobre esses kits para 5% para elétricos e 10% para híbridos, já que hoje os impostos são de 20% e 18%, respectivamente.

Calvet ressalta que a redução das tarifas pode criar desequilíbrios competitivos no setor. Ele enfatizou que as montadoras já investiram sem condicionar seus planos a mudanças fiscais e defende a produção local.

Estoque de veículos chineses aumentou de 67,3 mil para 111 mil entre maio e junho. Enquanto as vendas de veículos nacionais cresceram 2,6%, as de importados aumentaram 15%.

Entre janeiro e junho, foram importados 228,5 mil veículos, com 70,9 mil vindos da China, um aumento de 37,2%. A produção total no país foi de 1,226 milhão de veículos, uma alta de 7,8% em relação ao ano anterior.

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