Países árabes chamam de 'flagrante violação' plano de Israel de ocupar Cidade de Gaza
Países árabes e muçulmanos pedem cessar-fogo e alertam para o agravamento da situação humanitária em Gaza. O comunicado ressalta a responsabilidade de Israel pelo genocídio e pelas violações de direitos humanos enfrentadas pelo povo palestino.
Cerca de 20 países árabes e muçulmanos, incluindo Egito, Arábia Saudita e Qatar, condenaram neste sábado (9) o plano de Israel para assumir o controle da Cidade de Gaza, chamando a ofensiva de uma "escalada perigosa" e "flagrante violação do direito internacional".
O comunicado afirma que essas ações eliminam oportunidades de paz e exacerbam as graves violações contra o povo palestino. Consideram a ocupação israelense responsável pelo genocídio em curso e pela catástrofe humanitária em Gaza.
Na quinta-feira (7), o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, reafirmou a intenção de expandir a presença militar em todo o território palestino. A decisão de controle da Cidade de Gaza foi aprovada pelo gabinete de segurança, mesmo com a oposição do chefe do Exército, Eyal Zamir, que chamou o plano de "armadilha".
O anúncio provocou protestos internamente e internacionalmente. A Turquia também condenou a ação, chamando-a de inadmissível e pedindo uma mobilização contra o plano israelense.
Os países árabes pedem esforços por um cessar-fogo, embora isso pareça distante. O enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, se reunirá com o primeiro-ministro do Qatar para discutir a guerra em Gaza.
Mais de 60 mil mortos foram registrados em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. Neste sábado, 10 pessoas morreram, sendo 8 por disparos do Exército israelense perto de centros de ajuda. Relatos indicam que essas situações se tornaram rotineiras.
No Líbano, seis membros do Exército morreram em uma explosão em Tiro, atribuída a "resquícios da guerra israelense".