Países bálticos e Polônia pretendem abandonar acordo que proíbe minas terrestres
Os países bálticos e a Polônia buscam maior liberdade para se defenderem em face da crescente ameaça da Rússia, ao sinalizarem sua intenção de deixar a Convenção de Ottawa. A situação de insegurança que se intensificou após a invasão da Ucrânia leva esses aliados a reavaliarem suas estratégias de defesa.
Países bálticos e Polônia dão sinal de retirada da Convenção de Ottawa sobre minas terrestres, em resposta à crescente ameaça russa.
Em declaração conjunta, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia afirmam precisar de "flexibilidade e liberdade de escolha" para defender seu flanco oriental contra a Rússia e Belarus.
"As ameaças militares aumentaram significativamente", disseram os países, destacando a necessidade de avaliar medidas para fortalecer suas capacidades de dissuasão e defesa.
A retirada da Convenção, em vigor há mais de 20 anos, foi mencionada pelo primeiro-ministro Donald Tusk em discurso ao parlamento, onde também falou sobre dobra das forças armadas e transformação da Polônia em uma potência nuclear.
O Ministério da Defesa da Lituânia reafirma compromisso com o direito internacional e medidas para mitigar as consequências humanitárias das minas.
Os países estão aumentando rapidamente seus gastos com defesa, com Lituânia, Estônia e Polônia apoiando a meta de 5% do PIB, proposta pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump.