Países da Otan concordam em elevar gastos com defesa para 5% do PIB
Os países da Otan se comprometem a aumentar os gastos com defesa em resposta às ameaças da Rússia, estipulando uma meta ambiciosa de 5% do PIB. Apesar do consenso, alguns membros poderão enfrentar dificuldades para atingir essa meta no prazo estipulado.
Otan eleva gastos em defesa para 5% do PIB
Os países-membros da Otan concordaram em aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB devido à ameaça da Rússia após a invasão da Ucrânia.
O anúncio foi feito pelo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, na segunda-feira. A aliança também investirá em mais de mil tanques e veículos blindados para fortalecer sua capacidade de resposta.
Rutte destacou a importância desse movimento, afirmando que é um "salto quântico ambicioso, histórico e fundamental para garantir nosso futuro". A cúpula da Otan ocorrerá em Haia, a partir de quarta-feira.
Os europeus veem a guerra da Rússia como uma ameaça existencial. A Otan planeja um investimento mínimo de 3% do PIB para se proteger do Kremlin.
Rutte também citou um aumento de cinco vezes na capacidade de defesa aérea, reconhecendo que alguns países, como a Espanha, podem demorar a cumprir a nova meta. O presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que os Estados Unidos não aplicarão o aumento.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, afirmou que o compromisso na cúpula não incluirá referências a "todos os aliados", levantando incertezas sobre o cumprimento por outros países, como Bélgica, Canadá, França e Itália.
A meta para os gastos em defesa será dividida em duas partes: 3,5% do PIB para defesa exclusiva e 1,5% para melhorias em infraestrutura militar e combate a ciberataques. O prazo para atingir a meta de 5% pode ser estendido até 2035, com uma revisão em 2029.