Países da União Europeia pressionam por acordo comercial com Trump

Governos da UE estão buscando um acordo rápido com os EUA para evitar tarifas de 50% anunciadas por Donald Trump.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, conversou com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, pedindo que se optasse pelo diálogo ao invés do confronto. Ela foi uma das várias líderes da UE a abordarem o tema após o anúncio das tarifas na sexta-feira.

Von der Leyen convenceu Trump a adiar o aumento das tarifas para 9 de julho. Países como França, Espanha, Irlanda e Bélgica apoiaram essa tentativa de evitar uma guerra comercial transatlântica.

Trump afirmou em sua rede social que as negociações começarão rapidamente e se disse satisfeito por adiar o aumento das tarifas que inicialmente seriam em 1º de junho.

Meloni sugeriu uma cúpula entre líderes da UE e Trump para o próximo mês, visando reduzir tensões. Trump visitará os Países Baixos para a cúpula da Otan em 24 e 25 de junho, o que pode possibilitar mais discussões.

Em comentários recentes, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que teve uma “boa conversa” com Trump e expressou a esperança de um retorno a tarifas mais baixas para facilitar troca comercial.

Ministros de Espanha e Irlanda elogiaram o progresso nas negociações, destacando a importância de proteger empregos e investimentos.

A Bélgica também destacou a abordagem “construtiva” de von der Leyen. Um telefonema entre os principais negociadores está agendado para hoje, com um diálogo contínuo entre von der Leyen e os líderes da UE.

Sem um acordo, a UE implementará um pacote de 21 bilhões de euros em tarifações, com uma lista adicional de alvos avaliados em 95 bilhões de euros. Trump justificou sua ameaça de tarifas por não haver progresso suficiente da UE na redução do superávit comercial.