Países deverão segurar retaliações a tarifas de Trump sobre carros, diz Eurasia
Países que sofrerão com as novas tarifas de Donald Trump devem adotar uma postura cautelosa antes de responder. A consultoria Eurasia sugere que a ação retaliação será mais clara após a implementação das taxas em abril, que alcançarão carros importados e algumas autopeças.
A consultoria Eurasia prevê que países afetados pelas novas tarifas de 25% sobre importações de carros anunciadas pelo presidente Donald Trump em 26 de março aguardem até a entrada em vigor das taxas, no dia 3 de abril, antes de tomar medidas de retaliação.
As tarifas também incluirão algumas autopeças. O relatório da Eurasia afirma que muitos países deverão aguardar clareza sobre as tarifas recíprocas antes de agir.
As tarifas são consideradas menos negociáveis devido ao risco de contornar regras através de triangulações. Por exemplo, carros montados na China e finalizados no México poderiam burlar as restrições.
Em 2024, as vendas de carros novos nos EUA atingiram 16,1 milhões, com 61% produzidos internamente. Tarifas podem levar montadoras estrangeiras, como a Hyundai, a aumentar a produção nos EUA.
Novas Tarifas: - 25% sobre carros de passeio e picapes. - Regras para autopeças até 3 de maio, com algumas exceções. - Carros de marcas americanas fabricados no exterior também serão taxados.
Trump espera que as medidas aumentem a produção de veículos nos EUA. Aproximadamente 8 milhões de veículos vendidos são fabricados no exterior. Ele prometeu tarifas recíprocas a partir de 2 de abril para países com tarifas desproporcionais sobre produtos americanos.
Os principais exportadores de veículos para os EUA incluem México (22,8%), Japão (18,6%), Coreia do Sul (17,3%), Canadá (12,9%) e Alemanha (11,7%).
Criticas de Trump mencionam tarifas desiguais, como a da União Europeia de 10% sobre carros americanos, enquanto os EUA cobram 2,5% sobre carros europeus e 25% sobre picapes importadas.
Um estudo de 2019 do Departamento de Comércio aponta que importações excessivas enfraquecem a capacidade de produção e inovação das empresas americanas, impactando até mesmo a segurança nacional.