Países emergentes podem superar China e EUA em investimentos industriais renováveis, diz relatório
Crescimento acelerado dos países emergentes no setor de energia renovável desafia a liderança histórica das potências industriais. A nova dinâmica destaca oportunidades para acesso a mercados e desenvolvimento econômico sustentável.
China lidera o desenvolvimento industrial renovável, com 25% dos US$ 250 bilhões em investimentos globais. Em seguida, estão os Estados Unidos (20%) e a União Europeia (15%).
Um bloco de mercados emergentes, como Índia, Egito e Brasil, parte do ‘novo cinturão industrial solar’, está se destacando rapidamente. Eles estão superando países com bases industriais históricas.
O relatório da MPT destaca que o cinturão industrial solar abrange África, Ásia e América do Sul, aproveitando recursos naturais abundantes e condições favoráveis para novos processos industriais.
Indonésia e Marrocos garantiram 20% do investimento em plantas industriais limpas. Além disso, existem oportunidades de investimento de US$ 948 bilhões para projetos anunciados.
O relatório, intitulada Indústria Limpa: Tendências de Transformação, revela um pipeline global de US$ 1,6 trilhão em projetos ainda não financiados. Os países do cinturão solar representam 59% desse total, enquanto 18% para os EUA, 10% para a UE e apenas 6% para a China.
Até agora, 823 plantas industriais estão em operação ou em fase de financiamento em 69 países. 69 projetos estão operacionais, e 65 garantiram financiamento.
Os setores de maior crescimento são a amônia verde e os combustíveis de aviação sustentáveis, ambos com forte demanda. O cinturão solar sediará mais de três quartos das instalações planejadas de amônia verde globalmente.
A redução dos custos de eletricidade em mercados emergentes deve permitir que a amônia verde se torne mais barata que a amônia cinza até 2035.
A transição oferece uma oportunidade econômica para países de baixa e média renda, impulsionando o crescimento sustentável, criação de empregos e segurança energética.