HOME FEEDBACK

Países europeus vão oferecer negociação total ao Irã para encerrar conflito com Israel, diz Macron

Ministros europeus propõem abordagem diplomática ao Irã para conter tensões com Israel. O presidente francês destaca a importância de negociações que garantam a limitação do programa nuclear e a paz na região.

Ministros europeus reúnem-se em Genebra nesta sexta-feira, 20, para oferecer uma negociação completa, diplomática e técnica ao Irã, abordando a questão do programa nuclear. O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que essa solução pacífica será “colocada sobre a mesa”, mas requer que o Irã mostre disposição para aderir à proposta.

Macron destacou a importância de retornar a negociações substantivas com o Irã, visando zero enriquecimento de urânio e supervisão das atividades balísticas. Os quatro aspectos da oferta incluem:

  • Retomada do trabalho da agência atômica da ONU com acesso a todos os locais no Irã.
  • Supervisão das atividades balísticas iranianas.
  • Fiscalização do financiamento de grupos terroristas.
  • Libertação de “reféns” estrangeiros, incluindo cidadãos franceses.

Macron enfatizou o risco de um Irã nuclear e pediu que os ataques de Israel, que visam instalações civis, cessem imediatamente.

A reunião envolverá os ministros das Relações Exteriores da França, Reino Unido e Alemanha, além da chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, discutindo com o homólogo iraniano, Abbas Araghchi. O ministro britânico, David Lammy, destacou que existe uma janela de duas semanas para uma solução diplomática.

Em 2015, Alemanha, França e Reino Unido assinaram um acordo com o Irã, mas os EUA se retiraram e o Irã aumentou o enriquecimento de urânio. Recentemente, conversações entre negociadores americanos e iranianos foram interrompidas.

Araghchi comentou que não negociará com os EUA enquanto os ataques de Israel continuarem, afirmando que “não haverá espaço para a diplomacia” durante a agressão.

Donald Trump decidirá nas próximas duas semanas sobre a participação dos EUA na ofensiva israelense. Araghchi também se pronunciará no Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, defendendo os direitos do Irã.

Desde 13 de junho, Israel tem realizado ataques aéreos contra o Irã, alegando que o país está perto de desenvolver uma arma nuclear. Ao longo da primeira semana de confrontos, pelo menos 224 mortos no Irã e 25 em Israel foram registrados.

Atualmente, o Irã enriquece urânio a 60%, distante dos 90% necessários para armamento nuclear. Israel, sem confirmar ou negar um arsenal nuclear, é estimado pelo Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo como possuindo até 90 ogivas nucleares.

Leia mais em exame