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Países que Trump quer anexar têm minérios estratégicos que definirão rumo da Guerra Fria com a China

Trump revela interesse estratégico nas reservas de terras raras da Groenlândia, Canadá e Ucrânia, colocando os países sob pressão geopolítica. A disputa se intensifica com a China dominando a cadeia de fornecimento desses minerais essenciais para tecnologias modernas.

Trump e as Terras Raras: Uma Questão Estratégica para os EUA

Antes de assumir a presidência, Donald Trump sugeriu a compra da Groenlândia e a anexação do Canadá. Inicialmente, essas ideias foram vistas como retóricas, mas a situação mudou após sua chegada à Casa Branca.

Trump começou a exigir acesso às riquezas subterrâneas da Ucrânia como parte das negociações para o fim da guerra no país, expressando interesse nas terras raras. Em um encontro em fevereiro, ele declarou: “Eu quero ter segurança sobre as terras raras”.

O ex-premiê canadense Justin Trudeau também ressaltou as intenções de Trump em relação ao Canadá, que possui 15 milhões de toneladas de minerais de terras raras, consideradas essenciais para diversas indústrias.

A China é a principal produtora mundial, controlando 70% da produção e 50% das reservas globais. Os EUA, com apenas 11%, enfrentam vulnerabilidades estratégicas, pois dependem fortemente de importações chinesas.

As terras raras têm aplicações críticas em carros elétricos, semicondutores, e na defesa nacional, sendo essenciais para a inovação tecnológica e segurança econômica.

Segundo Gracelin Baskaran, do CSIS, a crescente dominância da China expõe os EUA a riscos de interrupções no suprimento. O Departamento de Estado dos EUA iniciou um fórum para discutir exploração mineral com países como Canadá, Groenlândia, e Ucrânia.

Com a pressão de Trump, a União Europeia busca diversificar suas fontes de suprimento, considerando parcerias com Brasil e outros países no desenvolvimento de reservas estratégicas. O Brasil possui grandes reservas de níquel, grafite e nióbio, além de argila iônica, que proporciona métodos de extração menos poluentes.

Nesse cenário de rivalidade global, a disputa por terras raras se torna uma questão de hegemonia econômica e segurança nacional.

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