Países questionam planos de Israel para Gaza em conselho da ONU
Poderes mundiais criticam os planos israelenses enquanto o embaixador palestino alerta para uma possível escalada do conflito. Países como Rússia, China, França e Reino Unido pedem intervenção da ONU para interromper a guerra e a crise humanitária em Gaza.
Reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU foi realizada no domingo (10.ago.2025) com a participação da Rússia, China, França e Reino Unido, questionando os planos de Israel para derrotar o Hamas e “concluir a guerra”.
O embaixador palestino, Riyad Mansour, apelou pelo fim do “genocídio” e solicitou discussão sobre o plano do premiê israelense Benjamin Netanyahu.
Mansour afirmou que “nenhum ser humano ou nação” deve suportar as ações israelenses e alegou que Israel busca prolongar a guerra para impedir a criação de um Estado palestino independente.
O representante israelense, Jonathan Miller, negou planos de ocupação permanente de Gaza.
A representante dos EUA, Dorothy Shea, criticou outros países por “espalharem mentiras” sobre Israel e defendeu o direito da nação de garantir sua segurança.
Os cinco países europeus no conselho emitiram uma declaração conjunta condenando a decisão de Israel.
O Gabinete de Segurança de Israel aprovou uma proposta de Netanyahu, que inclui:
- Controle militar total da Cidade de Gaza;
- Distribuição de assistência humanitária;
- Administração do território a forças árabes.
A decisão gerou críticas, incluindo do governo brasileiro, que “deplorou” a expansão das operações militares. O Itamaraty alertou sobre o agravamento da situação humanitária na Palestina.
Ministros da Turquia e Egito pediram ação conjunta dos países muçulmanos contra os planos israelenses.
A guerra na Faixa de Gaza teve início em 7 de outubro de 2023, com um ataque do Hamas que resultou em 1.200 mortes israelenses. Desde então, o conflito causou, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 60.000 palestinos mortos.