Palestinos deixam Cidade de Gaza após Israel dizer que ofensiva começou

A ofensiva terrestre de Israel na Cidade de Gaza leva um grande número de palestinos a fugir, segundo autoridades locais.

As tropas israelenses estabeleceram uma base nas proximidades, após intensos bombardeios. Israel pretende capturar toda a Cidade de Gaza, apesar das críticas internacionais.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu um cessar-fogo imediato para evitar "morte e destruição". Um porta-voz militar confirmou operações em Zeitoun e Jabalia, preparando o terreno para a ofensiva aprovada pelo ministro da Defesa, Israel Katz.

Cerca de 60 mil reservistas serão convocados para liberar o pessoal da ativa. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que está "encurtando os prazos" para atacar os "últimos redutos do terrorismo".

O Hamas acusou Israel de prosseguir com uma "guerra brutal contra civis". Espera-se que centenas de milhares de palestinos recebam ordens para se retirar para abrigos no sul de Gaza.

Críticas internacionais surgem, com Emmanuel Macron alertando que a ofensiva pode gerar um "desastre". O CICV advertiu que a situação em Gaza é "catastrófica", com novos desalojamentos só agravando a crise humanitária.

Desde o início das hostilidades, 62.122 pessoas foram mortas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. A guerra foi deflagrada após um ataque do Hamas em 7 de outubro, que resultou em cerca de 1,2 mil mortos no sul de Israel.

O CICV pediu um cessar-fogo e acesso rápido para assistência humanitária, enquanto o Catar e o Egito tentam mediar um acordo. O Hamas afirmou que Netanyahu é "o verdadeiro obstáculo" para um acordo de cessar-fogo.