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Palestinos enfrentam um “projeto de limpeza étnica”, diz Thiago Ávila

Thiago Ávila denuncia limpeza étnica e genocídio na Palestina em nova entrevista. O ativista critica a ineficácia do apoio internacional e a política expansionista de Israel, destacando a grave crise humanitária em Gaza.

Thiago Ávila, ativista socioambiental, afirmou em entrevista ao Poder360 que os palestinos enfrentam um projeto de limpeza étnica por parte de Israel. Ávila, de 38 anos, organizou a última missão da Coalizão da Flotilha da Liberdade, interceptada em 8 de junho de 2025.

Como coordenador da Flotilha, ele relacionou a ofensiva israelense atual a “8 décadas de genocídio”, sinalizando um genocídio estruturado em um estado de colonização e apartheid.

Ávila critica a política expansionista de Israel, ligada ao projeto de “Grande Israel”, que se estenderia do rio Nilo até o rio Eufrates. Ele relatou que, desde a criação do Estado de Israel, houve apropriação contínua de territórios.

Em 1949, Israel já havia tomado 78% da terra designada à partilha com os palestinos e, em 1967, 100% do território. O histórico de disputas territoriais se intensifica desde a fundação de Israel em 1948.

Ávila também chamou atenção para a crise humanitária em Gaza, com alarmantes violações de direitos humanos. Ele afirmou: “Israel está matando a população de fome e sede”.

Dados indicam que, nos últimos 21 meses, 10.000 crianças em Gaza foram amputadas sem anestesia. A OMS registrou entre 3.105 a 4.050 amputações de membros de janeiro a maio de 2024.

O ativista ressaltou que há mais de 10.000 palestinos presos em Israel, incluindo 400 crianças, e acusou potências ocidentais de serem cúmplices das ações israelenses.

Thiago Ávila compartilhou sua experiência de detenção durante a missão da Flotilha, enfrentando condições degradantes e privação de sono, embora tenha ressaltado que isso não se compara ao sofrimento da população palestina.

Ele criticou a ineficácia das nações em relação ao conflito e destacou que o Brasil deve romper relações com Israel, devido aos tratados internacionais que assinou.

Ávila endossou as declarações de Lula da Silva sobre a situação em Gaza, comparando-a ao Holocausto, e fez distinção entre judaísmo e sionismo, considerando este último como uma ideologia racista e supremacista.

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