Palestinos famintos aguardam ajuda em Gaza apesar do afrouxamento do bloqueio israelense
A escassez de alimentos em Gaza se agrava, com a entrada limitada de ajuda humanitária e uma população em estado de fome iminente. Enquanto isso, a comunidade internacional expressa crescente preocupação e repúdio às ações israelenses.
Crise humanitária em Gaza: a esperança de que ajuda alimentícia chegue aos habitantes é em vão, segundo Abdelhalim Awad, que administra uma padaria na região. Apesar da promessa de Israel de aliviar o bloqueio, alimentos, combustível e medicamentos ainda não chegaram.
Na quarta-feira, após três dias da declaração israelense, caminhões com suprimentos entraram pela passagem de Kerem Shalom, mas sem entrega aos armazéns em Gaza, segundo a ONU. O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, informou que as equipes aguardaram permissão israelense, mas não conseguiram assegurar a chegada dos suprimentos.
Moradores relatam que, mesmo com a previsão de chegada de farinha, isso não seria suficiente para aliviar a fome. Riyadh al-Housari mencionou que a família se alimenta apenas uma vez por dia, principalmente de lentilhas ou macarrão.
A ONU alertou sobre o risco crítico de crise de fome em Gaza, com projeções de desnutrição aguda entre crianças. O panorama tem gerado repúdio internacional e críticas severas à ação militar israelense.
Recentemente, Reino Unido, França e Canadá criticaram o bloqueio e as ofensivas israelenses, considerando-as desproporcionais. O governo britânico até suspendeu negociações de expansão de acordos comerciais como protesto.
O bloqueio começou após o fim de um cessar-fogo em março, limitando severamente a ajuda humanitária e causando um aumento nos preços dos alimentos. Mesmo com a afirmação de Israel de que havia estoques suficientes, especialistas temem que a fome se agrave rapidamente.
Os Estados Unidos também começaram a reconhecer a gravidade da situação. Donald Trump afirmou que muitos estão passando fome na Faixa de Gaza e os EUA estão buscando formas de aliviar a crise.
Muitos em Gaza tentam racionar o que têm. Moradores relatam preços exorbitantes para produtos básicos, e Iman Jundiyeh, mãe de quatro filhos, depende de cozinhas comunitárias para alimentação.