HOME FEEDBACK

Papado focou periferias e fez Igreja ficar mais latino-americana, africana e asiática

Jorge Bergoglio, conhecido como Papa Francisco, deixa um legado de mudanças progressivas na Igreja Católica, confrontando a cultura do descarte e promovendo uma abordagem inclusiva. Seu papado enfrentou desafios internos significativos, refletindo a polarização na sociedade contemporânea e a resistência à sua visão reformista.

Morte do Papa Francisco

O papa Jorge Mario Bergoglio morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. Seu papado inicialmente gerou expectativas de revolução, mas revelou um líder comprometido em mudanças profundas no catolicismo.

Um elemento central de seu pontificado foi o foco nas "periferias existenciais", incluindo migrantes, refugiados e pobres. Francisco acreditava que o futuro da fé estaria cada vez mais em regiões latino-americanas, africanas e asiáticas.

O papa criticou a "cultura do descarte" e o capitalismo, defendendo o valor da vida humana. Ele condenou o aborto e a pena de morte, além de criticar a doutrina da guerra justa.

Apesar de enfrentar forte oposição, especialmente de cardeais conservadores, a insatisfação com Francisco foi numérica e comparativamente pequena entre os 1,4 bilhões de católicos. Suas ideias se tornaram alvo da polarização nas redes sociais e do crescimento da direita radical.

As polêmicas incluíram mudanças na prática pastoral, como a possibilidade de comunhão para católicos divorciados em segundo casamento e bênçãos para uniões consideradas "irregulares", incluindo casais homossexuais.

Críticos usaram "dubia" para questionar documentos papais e exigir esclarecimentos, enquanto Francisco optou por diretrizes mais flexíveis para bispos e sacerdotes.

Embora não tenha formalizado mudanças radicais, a abertura para diálogo sobre temas como Casaishomossexuais e a ordenação de homens casados, assim como a possível comunhão para divorciados, representa uma mudança significativa em relação a papados anteriores.

Leia mais em folha