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Papel do líder é mais crucial que regulação em integridade, dizem especialistas

Transformação institucional depende de lideranças éticas e engajadas. Especialistas destacam a importância de marcos legais e do uso de tecnologia para fortalecer a integridade nas empresas.

Transformação institucional depende de éticas nas empresas

A transformação do ambiente institucional requer que empresas e suas lideranças adotem comportamentos pautados por integridade. Especialistas afirmam que a regulação é essencial, mas ganha força ao corrigir distorções históricas.

A inteligência artificial (IA) exige atenção e marcos legais para prever impactos e mitigar riscos. No entanto, a tecnologia pode aumentar a eficiência de ouvidorias e facilitar o trabalho do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Segundo Pierpaolo Bottini, advogado e professor da USP, é vital reorganizar a cultura das empresas para que as leis, como a Anticorrupção e a de Organizações Criminosas, sejam eficazes. Bottini destacou:

  • “A Lei Anticorrupção trouxe responsabilidade às empresas.”
  • “A delação premiada impactou o combate à corrupção.”

Bottini esteve no painel “Construindo um futuro ético” no Fórum Ética e Compliance em São Paulo, ao lado de importantes figuras, como Flávia Martins, do STF.

Flávia Martins enfatizou que o futuro ético exige uma reconciliação com o passado. Questões como a ditadura, a escravidão e o racismo ainda não estão resolvidas.

Marcela Greggo afirmou que a noção de integridade vai além da corrupção, incluindo assédio e desigualdade.

Os canais de denúncia são fundamentais na promoção da integridade e precisam ser aprimorados para proteger os denunciantes. Bottini destacou a importância de melhorar a regulamentação para garantir anonimato e segurança.

A tecnologia, incluindo a IA, pode fortalecer essas iniciativas. Greggo exemplificou como a IA pode ser utilizada para coletar informações de denunciantes e atender a diversas necessidades linguísticas.

No entanto, Bottini alertou que a evolução tecnológica também trouxe novas modalidades de lavagem de dinheiro, exigindo que a tecnologia seja incorporada no setor público para enfrentar esses desafios.

O Fórum foi patrocinado pela Ambipar e apoiado pelo Grupo Globo.

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