Para 35%, culpa do tarifaço é de Lula; 22% acham que é de Bolsonaro, e 17%, de Eduardo, aponta Datafolha
Lula é apontado como o principal responsável pelo tarifaço de Trump por 35%. A pesquisa também revela divisões significativas nas opiniões entre eleitores de Lula e Bolsonaro sobre quem deve ser culpado pelas sobretaxas.
Culpados pelo tarifaço de Trump: Na última pesquisa Datafolha, 35% dos entrevistados apontam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o principal responsável pela sobretaxa dos EUA.
O ex-presidente Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar com 22%, seguido pelo filho, Eduardo Bolsonaro, com 17%.
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, é considerado culpado por 15% dos entrevistados. 7% não souberam responder e 3% afirmaram que nenhuma das figuras listadas é responsável.
A pesquisa foi realizada com 2.002 entrevistas entre os dias 11 e 12 de agosto, com margem de erro de 2 pontos percentuais.
A sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e sanções diretas a autoridades ocorreram após críticas de Trump, que acusa Lula de “caça às bruxas”, regulamentações em plataformas digitais e tratamento injusto a exportadores americanos.
Lula tem vinculado a atuação da família Bolsonaro aos danos econômicos causados pelo tarifaço e chamou-os de “traidores da pátria”.
A oposição, por sua vez, atribui o problema a falhas diplomáticas de Lula e decisões de Moraes. Entre os eleitores de Lula, 11% o veem como culpado, enquanto 58% dos eleitores de Bolsonaro o culpam.
Após a prisão domiciliar de Bolsonaro, 40% acreditam que Trump tomará novas medidas prejudiciais à economia brasileira, enquanto 28% acham que ele não se importará e poderá negociar. 20% acreditam que as medidas existentes serão mantidas.
As tensões entre os EUA e Brasil foram intensificadas após a decretação da prisão, levando a críticas e a medidas punitivas, como a suspensão de vistos de funcionários do programa Mais Médicos.
O vice-secretário do Departamento de Estado americano criticou Moraes, e Trump alegou que o Brasil está executando uma “execução política” contra Bolsonaro.