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Para 93% do mercado financeiro, a política econômica está indo na direção errada, aponta pesquisa

Avaliação do mercado financeiro sobre a política econômica brasileira permanece negativa, apesar de leve melhora em relação a dezembro. A aprovação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sofre queda significativa, refletindo a insatisfação com as medidas governamentais.

A avaliação do mercado financeiro sobre a economia brasileira continua negativa. Segundo pesquisa do instituto Quaest, divulgada em 19 de outubro, 93% dos entrevistados acreditam que a política econômica está indo na direção errada, ligeira queda frente aos 96% de dezembro.

A aprovação do governo Lula permanece alta, mas estável. O desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, piorou: 58% agora o avaliam negativamente, um aumento de 34 pontos percentuais.

Em dezembro de 2024, 41% consideravam seu trabalho positivo. No início do terceiro mandato de Lula, a avaliação negativa de Haddad era de 38% e positiva de 10%.

O instituto entrevistou 106 gestores e economistas de São Paulo e Rio entre 12 e 17 de outubro. A consultoria é a oitava rodada da Quaest, encomendada pela Genial Investimentos.

A queda na avaliação de Haddad ocorreu após a revogação de medidas de fiscalização do Pix e a piora na popularidade de Lula, também afetada pela inflação de alimentos e fake news. 85%% dos entrevistados acham que a "força do ministro" diminuiu.

A pesquisa foi divulgada antes da reunião do Copom sobre a taxa de juros. A avaliação do presidente do Banco Central é considerada positiva por 45% dos respondentes.

Em relação ao governo Lula, 88% têm uma visão negativa, uma leve melhoria em relação a 90% de três meses atrás. 64%% citam a alta dos preços dos alimentos como a principal causa para essa avaliação negativa.

A pesquisa foi realizada antes do anúncio da proposta de reforma do Imposto de Renda, que visa recuperar a popularidade do governo. Para 90%% dos entrevistados, as medidas propostas para conter a inflação são ineficazes.

Por fim, 84%% consideram positiva a ideia de a Petrobras explorar reservas de petróleo na Margem Equatorial, que ainda está em análise.

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