Para BTG Pactual, XP tem razão em dizer que tese de “short seller” é infundada
BTG Pactual defende a XP Inc. e desqualifica acusações da Grizzly Research como infundadas. A análise sugere que a administração da XP deve esclarecer sua estrutura e modelo de negócios para ajudar na reclassificação de suas ações.
Análise do BTG Pactual sobre a XP Inc.
O time de pesquisa do BTG Pactual concorda com a XP Inc. que a tese de "short seller" da Grizzly Research é infundada. No domingo, a XP forneceu informações complementares e indicou uma possível conferência para esclarecer dúvidas.
Após o relatório da Grizzly, as ações da XP, que sofreram impacto negativo, se recuperaram na Nasdaq. O BTG é a primeira grande casa de pesquisa a se manifestar, ressaltando que a XP pode usar esse momento para explicar sua estrutura fiscal e operacional.
A XP mencionou que sua taxa efetiva de imposto foi de 18,7%, embora a Ativa tenha reportado apenas 1% em 2023. A XP, domiciliada em Cayman e negociada na Nasdaq, segue o padrão IFRS, o que a diferencia das empresas brasileiras.
O documento da XP também abordou os fundos Gladius e Coliseu, esclarecendo que operam exclusivamente para sua tesouraria, sem captar recursos de clientes, ao contrário de um esquema Ponzi como mencionado pela Grizzly. Esses fundos ajudam a gerenciar riscos de mercado e liquidez.
O BTG Pactual, assinado por Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, argumenta que as operações da XP motivam alta lucratividade devido ao volume de transações. Além disso, as notas estruturadas (COE) representam apenas 3% dos investimentos da companhia.
Com uma valorização de quase 30% no ano, o preço-alvo para as ações da XP é de US$ 17,00, comparado aos atuais US$ 15,26.