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Para combater publicidade antiética, setor debate novas regras de conduta

Executivos da publicidade brasileira discutem a necessidade de um novo código de conduta após escândalos de manipulação em campanhas. A Abap propõe a criação de um comitê de boas práticas para garantir a ética e a integridade nas premiações.

Debate sobre ética na publicidade ganha força no Brasil. Campanhas publicitárias antiéticas e a prática de “cases fantasmas” estão novamente em discussão, exacerbadas pela inteligência artificial (IA) e pela visibilidade das redes sociais.

A recente desclassificação da campanha da DM9 no Cannes Lions por manipulação de conteúdo reabriu o debate. A DM9 também retirou outras duas peças. A LePub está investigando uma campanha semelhante.

Marcia Esteves, presidente da Abap, destaca a necessidade de um novo código de conduta e propõe a criação de um comitê de boas práticas em festivais. O objetivo é proteger a integridade da criatividade brasileira.

O presidente do Conar, Sergio Pompilio, sugere envolver o órgão em premiações internacionais e reforçar os parâmetros éticos na publicidade.

Com mais de 25 mil inscrições, o videocase se torna um formato chave. Domenico Massareto aponta que o foco na narrativa pode distorcer a dinâmica de premiação.

A vinculação de bônus a prêmios gera um incentivo perigoso, considerando que a conquista de Leões deve ser um motivo de celebração, não obrigação. Cannes Lions planeja adotar um novo código de conduta e criar um comitê especializado em IA e ética.

Chamadas a uma postura mais rigorosa por parte das premiações estão sendo discutidas, incluindo a validade com a assinatura dos clientes sobre as campanhas inscritas.

Martin Sorrell e Luiz Lara reforçam a ideia de que a pressão por prêmios em todo o setor é um problema global e que é responsabilidade de todos preservar a ética na publicidade.

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