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Para diretor da Eurasia, medidas contra Bolsonaro podem acelerar sanções dos EUA contra Moraes

Medidas cautelares contra Jair Bolsonaro podem provocar sanções dos EUA contra o Brasil. Avaliações apontam para complicações nas negociações comerciais devido ao aumento das tarifas de importação.

Imposição de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pode resultar em sanções dos EUA, segundo Christopher Garman, da consultoria Eurasia.

Entre as sanções mais esperadas está a aplicação de medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que investiga Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro agora usa tornozeleira eletrônica, está proibido de usar redes sociais e de se comunicar com seu filho, Eduardo Bolsonaro, que enfrenta um inquérito por coação de justiça.

Desde março, Eduardo tenta que Moraes seja alvo da Lei Magnitsky, que permite sanções a indivíduos por violações de direitos humanos, mas que nunca foi aplicada contra um magistrado. Outra possibilidade é a aplicação da Ieepa, que afeta pessoas que ameaçam interesses econômicos dos EUA.

Garman comenta que as sanções tornam mais complicado o aumento de 50% nas tarifas de importação anunciado por Trump, prevendo que isso ocorrerá em 1° de agosto.

Se o governo brasileiro retaliar, Garman acredita que pode haver sanções contra empresas brasileiras nos EUA e restrições tecnológicas.

Eduardo e aliados levantaram a possibilidade de o Brasil ser excluído do Swift, porém essa alternativa é considerada improvável.

Garman observa que existe espaço para negociação comercial, especialmente se interesses de empresas americanas forem afetados. Produtos como minerais, café, suco de laranja e celulose são itens sensíveis.

No cenário atual da Eurasia, não se espera um acordo global, já que Trump favorece tarifas altas e a política atual dificulta um grande acordo.

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