Para escapar das tarifas de Trump, empresas enviam até peixe por avião aos EUA
Empresas buscam alternativas logísticas para evitar impactos das tarifas de Donald Trump. O cenário de incerteza gera pressão nas estratégias de exportação, com necessidade de replanejamento e negociações urgentes.
Incertezas sobre tarifa de 50% impostas por Donald Trump afetam a logística de empresas brasileiras.
A Frescatto, maior empresa do setor de pescado do Brasil, planeja exportar lagosta e peixes tropicais via aérea nas próximas semanas para evitar a tarifa. O diretor de Comércio Exterior, Rodrigo Barata, menciona que o custo de transporte aéreo é 10% a 30% mais alto do que o marítimo.
Barata afirma que as regras da tarifa são incertas e que as empresas americanas também estão confusas. A possibilidade de retaliação tarifária pelo Brasil e a perda de competitividade em outros mercados, como a China, aumentam as preocupações.
Pamela Manfrin, CEO da Della Foods, observa uma corrida dos compradores americanos para acelerar pedidos antes da tarifa. Contudo, a dependência de matéria-prima e capacidade de armazenamento podem complicar os embarques.
A executiva destaca que a necessidade de redirecionar estoques pode levar a uma queda nos preços e pressão logística. O governo brasileiro, segundo ela, deve agir coordenadamente com o setor produtivo para mitigar os impactos da tarifa.
Simão Pedro de Lima, da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, afirma que o café brasileiro, que representa 30% do café importado pelos EUA, pode sofrer com a incerteza. Ele ressalta a importância de negociações diplomáticas para evitar danos aos negócios.
Os principais pontos incluem:
- Tarifa de 50% gera crise de incerteza.
- Frescatto planeja mudanças imediatas nas exportações.
- Della Foods nota urgência de compradores americanos.
- Cooperativas de café enfrentam faturas e riscos.
- Diploamcia brasileira necessária para mitigar impacto.